ATPC do dia 7/11/13 a 12/15/13
Recuperação... Qualquer um
conhece o esquema: no fim do ano, a escola dá esta última chance aos que não
alcançaram a nota mínima. E, durante duas semanas, esses
alunos têm de rever todos os conteúdos (juntamente com colegas das demais
salas) e, ao final, fazer uma prova. Quem tira nota boa passa de
ano. Quem não tira é reprovado. Você acha que a recuperação
funciona (só) assim? Esta reportagem indica um novo caminho - e mostra que é
possível adotar uma concepção de ensino e de aprendizagem diferente da antiga
visão de que, "se o estudante não sabe a matéria, o problema é dele".
Ou pior: o problema é ele.
Você, pai ou mãe, deve acompanhar o processo de aprendizagem de seu filho. Se ele apresentar problemas de aprendizado, verifique como o professor está lidando com as dificuldades dele e da turma e, se necessário, converse com o educador e discuta alternativas para a recuperação.
Já é amplamente conhecida a premissa de que todos são capazes de aprender, sem exceção - e que cada um se desenvolve de um jeito próprio - e num ritmo particular. "Os professores sabem que a classe não responde de forma homogênea à apresentação de um conteúdo de estudo e que nem todos compreendem usando as mesmas estratégias cognitivas", explica Jussara Hoffmann, especialista em avaliação e professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O que fazer, então? Cipriano Luckesi, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), sugere a seguinte abordagem: "Se, ao verificar quem aprendeu o quê, o professor percebe que um ou mais estão com dificuldade, é preciso repensar as estratégias e materiais para eles". Ou seja, para quem acredita que ninguém vai ficar para trás, a única saída é fazer a tal recuperação sempre. Sempre significa durante todo o ano letivo.
A chave do processo é avançar e retroceder ao mesmo tempo. Quem atingiu o esperado tem de continuar aprendendo. E os demais não devem ser abandonados, certo? "É preciso trabalhar as dúvidas em atividades, dentro da própria sala de aula, assim que elas aparecem, em vez de deixar que se acumulem", reforça Maria Celina Melchior, professora da pós-graduação em Educação e coordenadora pedagógica da Faculdade Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre.
E mais. Como estamos em outubro, é perfeitamente possível que os professores coordenem esforços para fazer com que todos avancem. O primeiro passo do professor é diagnosticar, em detalhes, o que cada um sabe. Caso muitos tenham a mesma dificuldade: é hora do professor retomar o conteúdo de um jeito novo, pois a aula original provavelmente foi ineficaz. Se os problemas são diferentes, o segredo também é apresentar a matéria de forma a proporcionar aos que precisam a construção de outros caminhos. Uma boa estratégia, os especialistas garantem, é iniciar ou intensificar o trabalho em grupos.
Além de incentivar seu filho, você pode avaliar o desempenho dos educadores. Uma boa dica é conhecer os métodos mais usados nas recuperações e, assim, identificar o que o professor do seu filho está fazendo para ajudar nas dificuldades dele. Confira algumas medidas que os professores podem tomar antes da recuperação final, para garantir que seu filho aprenda de verdade.
Você, pai ou mãe, deve acompanhar o processo de aprendizagem de seu filho. Se ele apresentar problemas de aprendizado, verifique como o professor está lidando com as dificuldades dele e da turma e, se necessário, converse com o educador e discuta alternativas para a recuperação.
Já é amplamente conhecida a premissa de que todos são capazes de aprender, sem exceção - e que cada um se desenvolve de um jeito próprio - e num ritmo particular. "Os professores sabem que a classe não responde de forma homogênea à apresentação de um conteúdo de estudo e que nem todos compreendem usando as mesmas estratégias cognitivas", explica Jussara Hoffmann, especialista em avaliação e professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O que fazer, então? Cipriano Luckesi, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), sugere a seguinte abordagem: "Se, ao verificar quem aprendeu o quê, o professor percebe que um ou mais estão com dificuldade, é preciso repensar as estratégias e materiais para eles". Ou seja, para quem acredita que ninguém vai ficar para trás, a única saída é fazer a tal recuperação sempre. Sempre significa durante todo o ano letivo.
A chave do processo é avançar e retroceder ao mesmo tempo. Quem atingiu o esperado tem de continuar aprendendo. E os demais não devem ser abandonados, certo? "É preciso trabalhar as dúvidas em atividades, dentro da própria sala de aula, assim que elas aparecem, em vez de deixar que se acumulem", reforça Maria Celina Melchior, professora da pós-graduação em Educação e coordenadora pedagógica da Faculdade Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre.
E mais. Como estamos em outubro, é perfeitamente possível que os professores coordenem esforços para fazer com que todos avancem. O primeiro passo do professor é diagnosticar, em detalhes, o que cada um sabe. Caso muitos tenham a mesma dificuldade: é hora do professor retomar o conteúdo de um jeito novo, pois a aula original provavelmente foi ineficaz. Se os problemas são diferentes, o segredo também é apresentar a matéria de forma a proporcionar aos que precisam a construção de outros caminhos. Uma boa estratégia, os especialistas garantem, é iniciar ou intensificar o trabalho em grupos.
Além de incentivar seu filho, você pode avaliar o desempenho dos educadores. Uma boa dica é conhecer os métodos mais usados nas recuperações e, assim, identificar o que o professor do seu filho está fazendo para ajudar nas dificuldades dele. Confira algumas medidas que os professores podem tomar antes da recuperação final, para garantir que seu filho aprenda de verdade.
1- Como ajudar cada
um de acordo com suas necessidades de aprendizagem?
Uma alternativa é reorganizar a sala, colocando os
mais adiantados no fundo, os que estão com dúvidas pontuais no centro e os que
apresentam mais problemas próximo a você. Assim, é possível passar entre as
carteiras, observar todos atentamente e intervir com afinco no trabalho dos que
mais precisam. Verifique como eles fizeram a atividade, peça explicações sobre
a resolução, proponha a discussão entre pares, mostre o que precisam rever etc.
"Dessa forma, assim que as dúvidas aparecem, elas são sanadas. Uma pequena
intervenção, em certos momentos, é essencial para a compreensão do
conteúdo", recomenda Maria Celina.
2 Como analisar
os resultados das estratégias de avaliação?
Em relação especificamente às
provas, uma boa dica é ler de uma vez a resposta de todos a uma mesma questão.
É importante fazer anotações sobre as dificuldades encontradas: quem errou, por
quê, como, as ideias apresentadas sobre o assunto, quais os equívocos mais
comuns etc. Tabular esses dados ajuda a definir em que investir mais força, o
que retomar coletivamente e o que trabalhar em pequenos grupos (leia mais no
quadro abaixo). Ao analisar cadernos, portfólios e trabalhos de casa, você tem
um retrato dos diferentes momentos de avanço da turma - o que é fundamental
para enxergar exatamente onde está a dificuldade de cada um em compreender o
conteúdo e para eleger as estratégias que ajudarão todos a superar os
problemas.
Nas situações do dia a dia na sala de aula e nas tarefas de casa, é possível checar se problemas detectados no desempenho em provas se confirmam. "É comum as crianças não saberem utilizar nos testes o conhecimento que têm", ressalta Rosa Maria Antunes de Barros, coordenadora pedagógica da Escola Castanheiras, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, e autora de um estudo sobre grupos de apoio em escolas. Se numa atividade um aluno soube fazer algo e nas outras não, é indicativo de que ele domina parte do conteúdo, mas não está seguro disso. É imprescindível falar com ele, escutar quais são suas hipóteses, verificar até onde chegou e quanto avançou desde a última atividade.
3 Concluí que meus alunos têm dificuldades diferentes. Como lido com isso?
Nas situações do dia a dia na sala de aula e nas tarefas de casa, é possível checar se problemas detectados no desempenho em provas se confirmam. "É comum as crianças não saberem utilizar nos testes o conhecimento que têm", ressalta Rosa Maria Antunes de Barros, coordenadora pedagógica da Escola Castanheiras, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, e autora de um estudo sobre grupos de apoio em escolas. Se numa atividade um aluno soube fazer algo e nas outras não, é indicativo de que ele domina parte do conteúdo, mas não está seguro disso. É imprescindível falar com ele, escutar quais são suas hipóteses, verificar até onde chegou e quanto avançou desde a última atividade.
3 Concluí que meus alunos têm dificuldades diferentes. Como lido com isso?
"Fazer agrupamentos é o grande pulo do gato
para recuperar as aprendizagens de todos", acredita Rosa Maria. Tendo um
diagnóstico bem feito, que aponte exatamente os problemas de cada um em relação
aos conteúdos trabalhados em sala até o momento, é possível dividir a classe.
Um grupo será constituído pelos que não apresentam problemas e precisam
continuar avançando. Os demais devem ser divididos em no máximo três
agrupamentos, com dificuldades comuns entre os integrantes. Afinal, em
determinado tema abordado em aula, não há tantas coisas diferentes que possam
gerar dúvidas entre a garotada. Porém, se você detectou que um problema de
aprendizagem é comum a grande parte da turma, cabe uma reflexão: será que a
metodologia e a estratégia utilizadas foram coerentes com o objetivo
pedagógico? Em seguida, retome o conteúdo com urgência e sobre novas bases.
Lembre-se de que avaliar também é checar a qualidade e a eficácia do próprio
trabalho.
4 Quais os
critérios mais indicados para formar grupos em sala de aula?
São duas as variáveis que determinam os
agrupamentos: as necessidades de aprendizagem e o objetivo da própria
atividade. Além disso, é importante considerar as características pessoais e os
vínculos afetivos da turma. Dependendo da tarefa, a garotada fica livre para
escolher os parceiros. "Em qualquer dessas situações, é importante deixar
claro para todos no que se baseou a organização e os seus objetivos com ela.
Eles têm de estar seguros e saber o que é esperado deles", ressalta Maria
Celina Melchior.
Os erros mais comuns
- Determinar quem será reprovado
antes do fim do ano letivo. Os alunos com mais dificuldade não devem ser
abandonados. Ao contrário, eles são os que mais precisam de atenção.
- Separar os que têm dificuldade em uma sala para os "fracos". Essa estratégia estigmatiza quem está de recuperação e não ajuda no processo de aprendizagem.
- Deixar a recuperação para a última semana do ano letivo. Se para a criança está sendo árduo avançar, uma revisão rápida do programa do ano não funcionará.
- Repetir na recuperação as estratégias já usadas. É preciso proporcionar outras formas de ensino para que todos aprendam o conteúdo.
- Separar os que têm dificuldade em uma sala para os "fracos". Essa estratégia estigmatiza quem está de recuperação e não ajuda no processo de aprendizagem.
- Deixar a recuperação para a última semana do ano letivo. Se para a criança está sendo árduo avançar, uma revisão rápida do programa do ano não funcionará.
- Repetir na recuperação as estratégias já usadas. É preciso proporcionar outras formas de ensino para que todos aprendam o conteúdo.
5 De que forma
posso organizar o trabalho dentro dos agrupamentos?
Em cada um deles, o estudo pode se dar em
subgrupos, duplas ou individualmente, de acordo com as necessidades de
aprendizagem e os objetivos de ensino. Em agrupamentos maiores, são ricas as
discussões de estratégias para resolver uma questão ou a reflexão sobre o tema
estudado. Nas duplas, é válido colocar alguém que tenha maior dificuldade para
realizar uma atividade com um colega que entendeu melhor. As dúvidas do
primeiro podem ser fundamentais para que o outro avance no conteúdo. Além
disso, quem está enfrentando problemas aprende com a ajuda do colega.
"Isso, no entanto, não deve ocorrer sempre. É preciso lembrar que quem
sabe também precisa continuar aprendendo", explica Maria Celina. Já as
atividades individuais ajudam o aluno a se sentir seguro sobre as
aprendizagens, já que tem de colocar em jogo todo o conhecimento adquirido. Não
esqueça: na maior parte do tempo, todos estarão juntos e vão seguir aprendendo
ou revendo os mesmos conteúdos.
6 Como dar
conta das diferentes demandas dos grupos sendo uma pessoa só?
O segredo é planejar em detalhes cada aula de
recuperação, prevendo tarefas para todas as equipes (leia mais no quadro
abaixo). O ideal é propor sequências didáticas bem ajustadas às necessidades de
aprendizagem de cada uma delas. Na hora de determinar o que fazer e quando,
considere os critérios didáticos a seguir:
Atividades Trabalhar com foco nas necessidades dos alunos não significa a toda aula propor algo diferente para cada um. É claro que no reforço não adianta repetir o que já foi realizado pela turma, mas propondo diferentes atividades você contempla mais alunos. Para os que já compreenderam a matéria, apresente tarefas com complexidade um pouco maior. À medida que aqueles que estão com dificuldades caminham, é possível propor a eles o que os avançados fizeram nas aulas anteriores. Construa um banco de atividades, se possível, com colegas da escola. Guarde os arquivos de propostas que surtiram bom efeito em aula para sempre adaptá-las e melhorá-las.
Recursos Invista em diversos materiais (vídeos, músicas, revistas, jornais, sites, jogos, mapas, atlas etc.) e estratégias (aulas expositivas, visitas a locais históricos etc.) como ferramentas de ensino. Mesmo em tarefas coletivas, é possível escolher recursos diferentes para cada grupo, sempre pensando no que melhor se encaixa em seu objetivo e nas necessidades de cada um.
Tempo Quem acompanha a turma de perto identifica os que precisam de um período maior para entender um conteúdo e já considera isso no planejamento. Às vezes, a criança tem de ficar mais tempo num mesmo ponto e contar com uma atenção redobrada, enquanto o restante realiza mais de uma atividade. O segredo é destacar essa flexibilização de tempo no planejamento e garantir que nas aulas coletivas ela siga avançando.
Planejamento da recuperação
Atividades Trabalhar com foco nas necessidades dos alunos não significa a toda aula propor algo diferente para cada um. É claro que no reforço não adianta repetir o que já foi realizado pela turma, mas propondo diferentes atividades você contempla mais alunos. Para os que já compreenderam a matéria, apresente tarefas com complexidade um pouco maior. À medida que aqueles que estão com dificuldades caminham, é possível propor a eles o que os avançados fizeram nas aulas anteriores. Construa um banco de atividades, se possível, com colegas da escola. Guarde os arquivos de propostas que surtiram bom efeito em aula para sempre adaptá-las e melhorá-las.
Recursos Invista em diversos materiais (vídeos, músicas, revistas, jornais, sites, jogos, mapas, atlas etc.) e estratégias (aulas expositivas, visitas a locais históricos etc.) como ferramentas de ensino. Mesmo em tarefas coletivas, é possível escolher recursos diferentes para cada grupo, sempre pensando no que melhor se encaixa em seu objetivo e nas necessidades de cada um.
Tempo Quem acompanha a turma de perto identifica os que precisam de um período maior para entender um conteúdo e já considera isso no planejamento. Às vezes, a criança tem de ficar mais tempo num mesmo ponto e contar com uma atenção redobrada, enquanto o restante realiza mais de uma atividade. O segredo é destacar essa flexibilização de tempo no planejamento e garantir que nas aulas coletivas ela siga avançando.
Planejamento da recuperação
7 Como retomar
conteúdos não aprendidos sem deixar de cumprir o programa?
Distribuindo algumas aulas de reforço ao longo da
semana de forma que você possa propor desafios para os que não têm dificuldades
e também atividades para a turma completa. Reserve cerca de uma hora por dia ou
um período de sua carga horária para dar atenção aos agrupamentos. Determinar
os objetivos e as metas para cada um deles é fundamental para não desperdiçar
tempo. No restante do seu horário, siga com todos os alunos o programa normal.
8 Como ajudar
cada um de acordo com suas necessidades de aprendizagem?
Uma alternativa é reorganizar a sala, colocando os
mais adiantados no fundo, os que estão com dúvidas pontuais no centro e os que
apresentam mais problemas próximo a você. Assim, é possível passar entre as
carteiras, observar todos atentamente e intervir com afinco no trabalho dos que
mais precisam. Verifique como eles fizeram a atividade, peça explicações sobre
a resolução, proponha a discussão entre pares, mostre o que precisam rever etc.
"Dessa forma, assim que as dúvidas aparecem, elas são sanadas. Uma pequena
intervenção, em certos momentos, é essencial para a compreensão do
conteúdo", recomenda Maria Celina.
9 Mandar tarefa
de casa como reforço é uma boa estratégia?
Como atividade única e isolada, não. Mas, como
complemento do trabalho realizado em classe, sim, funciona e muito bem. Nesse
caso, a ideia é sistematizar um conhecimento adquirido. "É preciso
selecionar desafios que o aluno tenha autonomia para enfrentar. Ele tem de ter
visto o conteúdo em sala, tirado todas as dúvidas e feito exercícios similares
com o apoio do professor. A tarefa será apenas para sistematizar ou refletir
sobre o que aprendeu", explica Rosa Maria. De nada adianta preparar
atividades para fazer em casa sem orientação. Dificilmente, ele sozinho
conseguirá avançar.
10 Como saber se
a recuperação funcionou e todos aprenderam?
Com novas avaliações e análises dos resultados
(leia mais no quadro abaixo). "É preciso acompanhar o avanço de cada um de
perto e registrar todos os passos", recomenda Luckesi. Analise se os
estudantes superaram obstáculos e sanaram as dúvidas, se participam das
discussões com bons argumentos e se têm segurança e destreza para realizar os
exercícios. Para se certificar das aprendizagens, você pode apresentar questões
semelhantes às das avaliações anteriores e pedir que eles resolvam
individualmente. Retome o diagnóstico inicial e as anotações feitas antes da
recuperação e compare o desempenho de todos. Aqueles que superaram as
dificuldades devem ser transferidos para o grupo dos que precisam de novos
desafios. Com aqueles que ainda não superaram todos os problemas detectados, o
trabalho continua, assim como a avaliação da aprendizagem de novos conteúdos
trabalhados, que é contínua.
Novo diagnóstico
Novo diagnóstico
Esse ano atendendo o pedido dos professores, na semana de 1/12 a 11/12, estaremos trabalhando somente com os alunos com muita dificuldade,os professores montarão seus planos para cada série.A partir desse texto será possível fazermos uma recuperação de verdade? Justifique sua resposta
4 comentários:
Apesar dos textos serem maravilhosos com muito embasamento a verdade à realidade é outra na escola. Hoje os alunos se envolvem com diversas opções de atrativos e acabam se esquecendo das obrigações escolares. Quando as obrigações escolares não são cumpridas, o aluno compromete sua aprendizagem não conseguindo atingir uma média legal para passar de ano. Para muitos, a recuperação é castigo de professor e uma forma de prendê-los na escola, mas, na verdade a recuperação é uma chance de esclarecer dúvidas com o professor, aprender o que foi deixado passar e de ter uma nova avaliação a fim de poder passar de ano. É um momento de estudo específico para estudar somente as matérias que foram de difícil entendimento.Apesar de parecer ruim, a recuperação é uma excelente chance para aqueles que tiveram dificuldade durante o ano letivo para compreender determinados tópicos em diferentes matérias. É uma forma de esforçar e aproveitar o tempo perdido no decorrer do ano. De todos os alunos em recuperação muito poucos recupera de verdade. Fonte:(brasil escola)
A recuperação é uma fase do processo escolar e como tal deve ser planejada de acordo com o desenvolvimento de cada classe (elas são diferentes). Porém há uma contrapartida que não, enquanto professores, podemos atuar: a participação familiar! De nada adianta o aluno estar presente se em casa ele não reservar algum tempo para se dedicar ao que foi visto nos parcos minutos em sala de aula.
Fazer um diagnóstico, mapear o conhecimento prévio de nossos alunos e avaliar a turma ao longo do ano são passos fundamentais para não deixar ninguém para trás. Assim, nós professores precisamos analisar se os estudantes superaram obstáculos e sanaram as dúvidas, se participaram das discussões com bons argumentos e se tiveram segurança e destreza para realizar os exercícios. Contudo, para nos certificarmos das aprendizagens, podemos apresentar questões semelhantes às das avaliações anteriores e pedir que eles resolvam individualmente. Também, retomar o diagnóstico inicial e as anotações feitas antes da recuperação e comparar o desempenho de todos fazem parte do processo nestes dias, e com aqueles que ainda não superaram todos os problemas detectados, o trabalho continua, assim como a avaliação da aprendizagem de novos conteúdos trabalhados, que é contínua. Portanto, se um aluno não compreendeu um conteúdo, é preciso retomar os conceitos com novas atividades e estratégias - sem, é claro, deixar de seguir com o programa. Flávia
Eu acredito no processo de recuperação, desde que contínua. No caso a intensiva só é válida no caso de o aluno ter passado pelo processo anterior, o contínuo.
Lembro-me de minha infância e da dificuldade que tinha em português, e eu passava o tempo todo me arrastando até que chegava na revisão para prova e eu entendia tudo. Foi quando percebi que o que me impedia de aprender era a morosidade com que se explicava o conteúdo, então quando a professora explicava de maneira mais simples e sucinta na revisão eu conseguia entender.
Esse é um dos motivos que desenho minha prática docente da maneira que faço. Explico o conteúdo, dou atividades, faço um resumão com esquema e dou uma avaliação. Geralmente isso ajuda todos, pois quem precisa de um tempo maior para entender o novo passa por esse processo, aquele que precisa de menos tempo, mas não consegue organizar tudo aprende por meio de esquema e a avaliação vem logo em seguida para que eu possa saber se devo retomar o conteúdo ou devo seguir em frente.
Quando percebo casos pontuais faço recuperações paralelas e assim que a recuperação intensiva de final de semestre e ano faz efeito, pois o alunos enfim consegue aplicar o conceito que somou durante o ano.
A recuperação pode sim trazer resultados, desde que seja feito um trabalho anterior.
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